Aproveitando a pausa letiva, com o final das aulas, para além das muitas tarefas relacionadas com avaliação dos alunos, do funcionamento do Agrupamento e das atividades do ano letivo findo, o Agrupamento de Escolas de Gondifelos encontra-se a preparar já o próximo ano.
Neste âmbito, no dia 23 de junho, promoveu um encontro de reflexão sobre a resolução de conflitos e partindo da preleção da professora Elisabete Pinto da Costa, responsável pelo Instituto de Mediação da Universidade Lusófona do Porto, intitulada "Como trabalhar o conflito na escola através de um projeto de mediação?", estudou novas soluções para problemas desta natureza que sempre surgem.
Efetivamente e apesar de no Agrupamento estas questões ainda não se colocarem com grande preocupação e existirem já procedimentos de caráter educativo e de caráter remediativo estabelecidos, a reflexão sobre o assunto não deixa de se inserir com grande pertinência como contributo para a melhoria da qualidade do serviço prestado e para a concretização adequada da missão estabelecida no nosso Projeto Educativo "Formação Integral dos alunos: SER - SABER - FAZER".
Foi bom verificar que a orientação do serviço do Agrupamento nesta área se encontra no bom caminho, trabalhando mais numa perspetiva educativa do que na remediativa. Isto é, apesar de ter um plano de intervenção para a resolução dos conflitos, habitualmente muito poucos e de gravidade reduzida, passando pela intervenção dos Diretores de Turma / Docentes Titulares de Turma, do serviço da Tutoria Disciplinar e da Direção, em articulação com os respetivos Encarregados de Educação, o enfoque passa pela criação de uma cultura de responsabilização e de boa convivência, onde os Diretores de Turma continuam a ter papel preponderante, mas onde o trabalho concertado todo o pessoal docente e também o não docente é da maior importância. As relações interpessoais são trabalhadas não só no âmbito da aula de formação cívica, oferta complementar da escola, mas em todo o espaço escolar e em todas as atividades, sendo várias as que se desenvolvem com o intuito específico de promover o relacionamento saudável, entre as quais se destacam as promovidas pela Equipa da Tutoria Social, coordenada pela Educadora Social colocada ao abrigo do Contrato de Autonomia.
Das novas luzes colhidas desta reflexão destaca-se o interesse na criação de uma equipa de mediação de conflitos, onde os próprios alunos têm um papel determinante, num processo a desenvolver ao longo de um a dois anos de trabalho de sensibilização, envolvimento e preparação da comunidade escolar.