Depois das eleições realizadas a 26, os alunos eleitos para a Sessão Escolar do Parlamento dos Jovens reuniram a 01 de Fevereiro, para aprovarem as medidas de recomendação a submeter pela Escola à Sessão Regional e para eleger os representantes do Agrupamento nesse encontro.
Efetivamente, depois de um adiamento da sessão agendada para dia 30 de janeiro, em função de compromissos pessoais e inadiáveis dos alunos envolvidos e da marcação de testes nas respetivas turmas, tomaram posse os 15 alunos eleitos, segundo o método de hondt, depois das eleições onde duas listas se debateram pelas propostas apresentadas em torno da temática da igualdade de género.
Esta sessão permitiu aos alunos experienciar um espaço de debate formal, coordenado pela Mesa constituída pelo Diretor do Agrupamento, Jones Maciel e um aluno de cada lista, a Vera Costa (8º3) e o Armindo Moreira (8º2) e, depois de três rondas de discussão e uma de negociação, foram colocadas à votação as cinco medidas finais:
1. A educação deve promover a mudança da sociedade no sentido de esbater a desigualdade de oportunidades. Assim consideramos ser de inserir no currículo nacional uma disciplina para discussão de matérias relacionadas com a cidadania e a globalização, incluindo nas orientações programáticas o estudo e a reflexão sobre igualdade de direitos, de oportunidades e de responsabilidades para homens e mulheres.
2. No trabalho é importante apoiar os trabalhadores competentes, assegurando igualdade de oportunidades no acesso à liderança. Como exemplo deve ser legislada a nomeação de cargos de liderança nas empresas/instituições públicas sob alçada do governo, assegurando que um género nunca se encontra abaixo dos 40% de ocupação nos cargos de direção a nível do país.
3. A família deve ser a estrutura base da formação da sociedade e a sua organização deve espelhar igualdade de oportunidades para homens e mulheres. Propomos, pois, que a utilização da licença parental por parte de um dos géneros, não seja nunca inferior a 40% do tempo total.
4. A educação não formal, dentro ou fora das escolas, são ambientes propícios ao desenvolvimento da cidadania e onde se deve respirar os valores da igualdade. Propõe-se que sejam capitalizadas linhas de financiamento para apoio específico a projetos para o desenvolvimento de competências sociais e pessoais que permitam aos nossos adolescentes e jovens estudar e experienciar vivências diferenciadas dos papéis de género estereotipados.
5. As escolas são espaços de excelência para a deteção de casos de violência no namoro. É importante que, de uma vez por todas, se assegurem nas escolas os serviços técnicos necessários que colaborem com @s docentes na sensibilização d@s alun@s para esta problemática, na assertividade do funcionamento dos Gabinetes de Informação e Apoio aos Alun@s e na articulação com entidades externas à escola de apoio à resolução de problemas no domínio da violência entre géneros.
Da votação resultou a seleção das medidas 1, 2 e 4, por ordem dos votos colhidos, para serem submetidas à Sessão Regional a realizar nos dias 19 e 20 de fevereiro.
@s deputad@s escolares votaram ainda, de forma secreta, para escolherem os representantes do Agrupamento nessa sessão, ficando eleitos, por ordem de votos expressos Margarida Rodrigues(9º3), Lara Araújo (9º3) e Afonso Ribeiro (7º1), ficando como suplente Ana Beatriz Silva (9º3). Como candidata à presidência da Mesa da Sessão Distrital ficou eleita Mariana Martins (8º2).
A sessão foi encerrada depois de @s deputad@s proporem a “defesa dos animais” como tema a discutir no projeto “Parlamento dos Jovens 2018-19” e com os parabéns do Diretor pela sua participação interessada e ativa em mais esta etapa do projeto.